quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ela (ou Chão de paineira 2)

Ela
não tem noção de tamanho.
Só isso explica!

Chegou feito nuvem
e quando eu vi já era lua!
Linda, branca, clara como o dia.

Agradável,
enluarou a noite preta.
Deu ao céu sem luz
a cor da ternura. Fez-lhe ser
ambiente de passeio
e poesia.
Deu ao céu sem texto
o papel de coadjuvante.
Já não era cenário.


Ela
não imaginava o estrago que faria.
De tão linda,
até o Sol foi-se avexar.
Por ela, o ocaso não vinha.
O astro-rei reconheceu:
perdi a majestade!
Por que vou aparecer?,
se a mim convém também
vê-la.


Mas toda lua tem suas fases.
Quando deu-se a nova,
tudo escureceu de novo.
O Sol, o céu, as estrelas,
ninguém a fez voltar.
Nem retomaram seus lugares.
A falta daquela luz era tanta
que tudo ficou sem rumo,
sem cor. Sem ser.


Ela
mudou e eles
não.

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